terça-feira, 12 de março de 2013

Vídeo Aula de "Viagens na minha Terra" Garret



Fonte: You Tube, acesso em 12/03/2013, autor: Carlos Alberto Didier, Série Grandes Livros.



Alunos do 2° Ano do  Ensino Médio, deixo abaixo um vídeo, muito interessante de "Viagens na minha Terra" de Almeida Garret, muito bem produzido por Carlos Alberto Didier, com análises de especialistas, imagens, etc.Peço que assistam para preparação do Vestibular e de nossa Avaliação Bimestral.
Uma ficha crítica do livro deve ser anexada a ele como fonte de pesquisa rápida.Vá se organizando.

A professora

segunda-feira, 11 de março de 2013

Levar texto de Pde Antônio Vieira para aula de 13/03/2013



Alunos do 2º Ano do Ensino Médio, tentei postar o  texto "Sermão da Sexagésima" de Pde Antônio Vieira, que deve ser lido para a nossa próxima aula, quarta feira, dia 13/03/2013, contudo ficaram muitas páginas com letras muito pequenas, inviáveis à leitura, assim peço que imprimam do DOMÍNIO PÚBLICO (11 páginas precisamente)e levem o texto para discutirmos na roda.É possível uma cópia para cada dupla.

Obrigada,

A professora.


Para próxima Segunda - feira 18/03/2013








terça-feira, 5 de março de 2013

2013 Roteiro para aula de 06/03/2013 Viagens na Minha Terra

Para os alunos do 2º Ano do Ensino Médio: Estudem o roteiro do Livro Viagens na Minha Terra para a aula de 06/03/2013


Viagens na Minha Terra

 

João Batista da Silva Leitão Almeida Garret (04/02/1799)

 

           História:

ü França invade Portugal 1807, D. João VI e a família Real vem para o Brasil.

ü As tropas napoleônicas tenta um golpe por três vezes e falha retirando-se, Portugal estaria a salvo.

ü Neste momento de fragilidade, os liberais veem a oportunidade de uma revolução como muitos países haviam feito décadas antes.

ü D João Vi retorna à Portugal mas necessita jurar aos portugueses liberais que realizaria uma Constituição revolucionária.Os liberais desejavam que D João voltasse o Brasil ao posto de Colônia, contudo D Pedro I que fica no Brasil como regente, declara a Independência e torna-se Imperador, o que causa um descontentamento no povo português.

ü Na corte D Miguel, irmão mais novo de D Pedro aliado à sua mãe D Carlota Joaquina lidera o golpe chamado “Vila Francada” e estabelece novamente o Absolutismo.

ü Desaprovado por D João VI D Miguel é enviado para Viena, mas em 1824 com o morte do rei, seu filho mais jovem D Miguel retorna à Portugal  e tenta um novo golpe, D Pedro IV volta à  Portugal para assumir o trono que é seu por direito e deixa seu filho Pedro II no Brasil, reina Portugal  por apenas 7 dias, escreve uma carta Constitucional e passa o trono para sua filha D Maria de 7 anos, mas assume e retorna ao Brasil, assim Miguel assume o trono até a maioridade da menina e instala o Absolutismo, a censura, os liberais são presos ou exilados.

ü 1831 Por descontentamento do povo brasileiro por conta de sua conduta, D Pedro retorna à Portugal e abdica do trono em favor de Pedro II.

ü 08/07/1832 declara guerra civil contra seu irmão em favor dos liberais (são os constitucionalistas pedristas contra os miguelistas absolutistas) e luta juntamente com Almeida Garret, e Alexandre Herculano derrotando, depois de muito confronto e inúmeras mortes,  os absolutistas, instalando um estado livre e o capitalismo liderado pela burguesia.

ü Algum tempo depois, observa-se que a elite capitalista institui classes como a dos barões substituindo os frades, o que  não trás melhoria nenhuma para Portugal.

ü 1834 D Pedro IV morre de tuberculose.

ü Almeida Garret segue na vida pública e escrevendo para jornais até que  em 1851 sobe ao poder o liberal Duque Saldanha que o convida para ser Visconde.

ü 1854 morre Almeida Garret.

 

 

Almeida Garret

          João Batista da Silva Leitão Almeida Garret (04/02/1799-1854)

 

ü Almeida Garret retrata no livro a degradação de Portugal no século XIX/ XX, fala das ruínas ao falar da viagem.

ü Fala de seu país, de sua história, de sua cultura, espaço, dramas, de forma inovadora.

ü Sua escritura é um misto de ficção com realidade, política, vida social.

ü Toda essa efervescência que ocorria em Portugal coincide com os ideais do romantismo na Europa e Garret exila-se em Inglaterra e lá conhece o novo ideário  cultural que exalta o homem, ideais utópicos, valoriza a mulher, o homem no centro, com suas angústias.

ü São tempos de mudanças de todas as ordens.

ü 1826/27 retorna do exílio e cria um jornal, é preso porque critica o absolutismo miguelista (é quando D Miguel instala a censura e o Absolutismo)

ü Garret foi escritor, ator, jornalista, advogado, político. Foi criado por seu tio  que era padre e lhe proporcionou uma boa vida acadêmica, aprendeu línguas,  estudou na Universidade de Coimbra como Carlos, era ótimo orador.

ü Sua literatura é espaço  de afirmação social, política,cívico, cria uma nova linguagem literária (moderna) com efeitos irônicos, humorísticos, cômicos., é uma inovação, inaugura o Romantismo Português, reflete Portugal do século XIX e abre caminho para  a escritura de Eça de Queiroz.

ü  As obras de Garret são tidas como  as mais geniais da língua inferior apenas a Camões. Considerado o autor mais representativo do Romantismo Português.

ü Sua geração foi a mais lúcida, deram a Portugal  o progresso e a liberdade.

ü Garret, D Pedro e Herculano são heróis românticos, apaixonados, rebeldes, revolucionários.

ü O Romantismo Português é revolucionário, promovem uma guerra civil em prol desses ideais, Garret foi personagem de si mesmo.

 

OBRA:

 

ü Classificação de gênero: Hibrido, quase impossível de decifrar:( crônica, autobiografia, carta, ficção)

ü Um dos aspectos inovadores é a digressão , que inaugura trajetos diversos, mental, sentimental, devaneios.

ü Temos um texto e interrupções intelectuais  e emocionais do autor

ü VIAGENS:

ü Há uma viagem primeira que é a que o autor faz de Lisboa a Santarém e paralelamente outras viagens emocionais, intelectuais, etc, que mostra o requinte de seu fazer poético.

ü Nesse espaço heterogêneo e híbrido que é a digressão, Garret interfere e transforma a estética poética com a intertextualidade e com a metalinguagem:
INTERTEXTUALIDADE:
cria tensões, comparações com outras obras literárias D Quixote, Viagem à volta de meu quarto, etc)

ü Como METALINGUAGEM faz:

ü 1º reflexões na literatura sobre outras literaturas( a literatura reflete sobre si mesma)

ü 2º Estrutura da lógica daquilo que está escrevendo

ü 3º Insere a novela interceccionada como roteiro de viagem.

ü O foco narrativo é cambiante 1ª e 3ª pessoa de acordo com aquilo que narra ( a viagem 1ª pessoa, a novela, 3ª pessoa)

ü O livro trás recursos técnicos riquíssimos para a época.

ü Historicamente nasce na efervescência da Guerra Civil (Briga de família como com Carlos e Frei Dinis).

ü Garret liberta o discurso  da pesada tradição clássica por um tom oralizante.

ü A Obra vale também pela análise político social do país e pela simbologia que Frei Dinis e Carlos  representam.

ü Frei Dinis  Portugal Absolutista, conservador, e Carlos os liberais, o espírito renovados na busca da liberdade de expressão.O fracasso de Carlos é o fracasso é o fracasso de Portugal que acaba de sair da Guerra civil e dá os primeiros passos para uma vivência social e política em moldes modernos.

ü GUERRA CIVIL 1833

ü Classificado como Romance Histórico

ü Com 49 capítulos.

ü Ação:

ü Tipo de ação: Encadeada

ü Personagens: Carlos Joaninha (menina dos rouxinóis), D Francisca, Frei Dinis, Georgina, Júlia.

ü Narrador: Participante

ü O Conteúdo parte de fato real, com digressões, várias viagens paralelas)

ü Gênero híbrido: considerado romance contemporâneo, além da viagem de fato acontece, em paralelo conta um romance sentimental

ü Espaço: Lisboa a Santarém e a história de romance

ü Tempo: Século XIX 

ü O tom de decepção com o que vê na viagem por conta do poder dos liberais

ü A obra mistura estilo digressivo da viagem real com ação novelesca

ü 1846 publicação- início da moderna prosa literária portuguesa.

ü Carlos é o auter-ego do autor

ü Analisar cada pesonagem.