O primeiro refere-se à aula de redação de hoje, trata-se de Coerência Textual ( leia-o com atenção e cole no seu caderno de Redação, este tópico será muito útil na construção de suas futuras escrituras redacionais, valorize-o).
O segundo texto refere-se à aula de Literatura da próxima quarta feira, dia 15/08/2012.Peço que leia o texto, procure grifar os tópicos principais, cole-o no seu caderno de Literatura e traga seu livro para que iniciemos o novo capítulo "Trovadorismo" ( se puder pesquise rapidamente sobre Idade Média e também sobre a Ascensão e queda do Império Romano que redundará na formação da Península Ibérica)
Deixo também nossos compromissos para a próxima semana de aula, quais sejam:
a) Segunda, dia 13/08/2012, tarefa de Gramática (exercícios do capítulo FONOLOGIA para correção em sala).
b) Quarta, dia 15/08/2012 ler, imprimir e anexar no caderno de Literatura o texto Trovadorismo, abaixo. Não esquecer o livro.
c) Sexta, dia 17/08/2012 entregar exercícios do capítulo "Coerência Textual" do Livro Práticas de Linguagem, para correção em sala e entrega da segunda redação do mês.
A todos, bons estudos e ótimo final de semana.
Bj grande,Cleide
AULA DE
REDAÇÃO ( 10/08/2012)
CAPÍTULO 6 LIVRO PRÁTICAS DE
LINGUAGEM
COERÊNCIA TEXTUAL
·
O texto é um encadeamento de ideias. É criado
sempre com uma intenção, seja de informar, narrar,explicar, convencer, etc.
·
O texto não é uma sucessão de palavras, é um
todo organizado, capaz de estabelecer contato
com o interlocutor.
·
Todo texto decorre de um mecanismo de articulação, são diversos segmentos, todos
relacionados.
·
O encadeamento de ideias pressupõe que não haja
contradição entre os vários segmentos, um deve suceder o outro formando uma cadeia harmonicamente
concatenadas.Esse sertã um texto coerente, não há contradição.
·
Deve ser coerente também com o contexto extra
verbal, aquilo que o texto faz referencia.
·
É a coerência que dá sentido ao texto, ela se
manifesta no plano das ideias, dos conceitos, enquanto que a coesão se
manifesta no plano linguístico, ou seja, nas relações semânticas.
·
A COERÊNCIA
É A LIGAÇÃO DE IDEIAS
EXEMPLO
DE TEXTO COERENTE E INCOERENTE
TEXTO INCOERENTE
Apesar
dos benefícios, nem sempre os derivados de soja são a opção mais saudável. Na
hora de fazer frituras, vale a pena trocar o óleo de soja pelo azeite de oliva.
A manteiga leva vantagem, sobre o azeite de oliva. Esse derivado do leite é
rico em gordura saturada, que tem um efeito perverso no sistema circulatório.
Ela aumenta a taxa de colesterol ruim e reduz o nível do bom (HDL).Assim,
facilita a agregação de placas nos vasos sanguíneos, contribuindo para
problemas como o infarto.
TEXTO COERENTE
Apesar
dos benefícios, nem sempre os derivados de soja são a opção mais saudável. Na
hora de fazer frituras, vale a pena trocar o óleo de soja pelo azeite de oliva.
O AZEITE DE OLIVA leva vantagem, sobre A MANTEIGA. Esse derivado do leite é rico em gordura
saturada, que tem um efeito perverso no sistema circulatório. Ela aumenta a
taxa de colesterol ruim e reduz o nível do bom (HDL). Assim, facilita a
agregação de placas nos vasos sanguíneos, contribuindo para problemas como o infarto.
COESÃO: A coesão é a união
íntima das partes de um texto. É necessários unir as partes, afinal um texto é uma unidade.
A
coesão aparece para: retomada de elementos e para encadeamento de segmentos do
texto.
EXEMPLO DE TEXTO COM ELEMENTOS DE COESÃO:
Pode-se
argumentar, ainda que, o interesse dos EUA é
circunstancial. O governo norte americano teria dois objetivos, criar condições
favoráveis à missão de paz de seu enviado à região do conflito e obter apoio
árabe para um eventual ataque ao Iraque.
Nada disso, porém, deveria minimizar a importância da
resolução. Afinal, ela foi bem recebida por
ambos os lados. Não é o caso, por outro lado, de
alimentar expectativas de que a resolução da ONU, por si, contenha a onda de
violência que dura 17 meses.
Ainda que: ideia de
adição
Por outro lado =contradição
Afinal= como conclusão
Nada disso, porém= circunstância de adversidade/ algo a
respeito já foi expresso antes.
Esses
elementos de coesão servem para adição, resumir, explicar, concluir, mostrar opostos.
São
eles: pronomes, preposições, locuções, até substantivos. Servem para unir as
partes do texto e dar sentido à união.
Coerência Argumentativa:
Em
texto dissertativo apresenta-se dados, opiniões, que defendem uma ideia, para
isso, necessita-se de parágrafos concatenados, todos contribuindo para o a
defesa da ideia inicial. Isso se chama “coerência”.
Neste
gênero textual, normalmente discute-se temas polêmicos, que dividem as
opiniões. Ex: aborto, pena de morte, redes sociais. Não importa, firme sua tese e defenda-a com
argumentos convincentes através de parágrafos que se interligam e
colaboram para a defesa da tese
escolhida.
Coerência Narrativa:
Em
narração atribuímos ações às personagens, essas ações para serem coerentes
devem seguir uma temporalidade, sem haver contradição.Se a personagem saiu de
casa sem o seu talo de cheques e dissermos que ela pagou a conta com cheque seria uma incoerência.
Atentar
para que a personagem esteja de acordo com
suas características. Ex um personagem que não gosta de animais e tem
vários bichinhos de estimação, é incoerente.
Coerência descritiva:
Quando
descrevemos apresentamos o retrato verbal de pessoas, lugares, objetos, etc.
Neste caso as figuras utilizadas deverão ser coerentes com a cena descrita Ex: um
funeral, imagens do preto, tristeza.
AULA DE LITERATURA (15/08/2012)
TROVADORISMO
(Século XII- XIV até o início do século XV)
Primeira Escola Literária de Portugal- Marco inicial do Trovadorismo poema Guarvaia mais conhecido como A
Ribeirinha (1189-ou 1198) de Paio Soares de Taveirós.
Panorama
Histórico:
Com a
queda do Impér4io Romano (476 a. C.) e invasões bárbaras na Europa iniciou-se a
Idade Média.
A
população refugiou-se no campo (feudos) nos domínios de grandes propriedades
rurais. Os senhores feudais (antigos aristocratas, membros poderosos do clero e
descendentes de bárbaros conquistadores) permitiam a instalação do povo humilde em suas terras como servos,
em troca de prestação de serviços e tributos e deveriam obedecer seus senhores
em troca de proteção.
A
função social da aristocracia era o caráter militar e a formação dos jovens da
nobreza era a formação de cavaleiros ( guerreiros a cavalo)Entrar na ordem da
cavalaria era privilégio que todos almejavam. N a formação do cavaleiro
incutia-se o ideal heroico, constituído de honra, coragem e lealdade. Recebiam
instruções no manejo com as armas.
Mas na
Idade Média o ideal de nobreza era totalmente atrelado à religião. A igreja foi
a força cultural da Idade Média, a ela coube a tarefa de explicar o mundo a
través do Teocentrismo.
Segundo
o Teocentrismo há uma ordem perfeita e
imutável no universo e na sociedade e essa ordem provém de Deus, que é o centro
de tudo - portanto, tudo deve se voltar para Ele- o que justifica colocar os
bens espirituais acima dos materiais, cultivando valores cristãos.
A
Literatura Medieval expresso o espírito cavalheiresco( valores aristocráticos e cristãos) como se vê
nas novelas de cavalaria e na poesia trovadoresca.
NOVELAS DE CAVALARIA:
Produção em Prosa
Composições
narrativas em prosa que celebram feitos de armas de heróis exemplares como o
rei Arthur enaltecendo virtudes guerreiras e morais de acordo com o ideal
cristão.
POESIA TROVADORESCA: Produção
em Versos
Expressão
mais alta do lirismo europeu, anterior a Dante e Petrarca.
O Amor Cortês:
Nas
cortes de Provença desenvolveu-se uma cultura atenta à natureza e voltada para
a valorização do sensual, do amor e da mulher. O amor nunca havia sido tratado
como o centro da vida como foi na poesia dos trovadores e dos jograis.
Nessa
poesia o jogo amoroso obedece a determinadas regras que reflete o comportamento
da corte feudal. “Amor Cortês”. Destaca-se a ponderação, não falar o nome da
mulher amada ( que era casada). Esse amor adúltero destoava da moral católica
teocêntrica. O trovador apaixonado presta vassalagem à senhora amada,
inatingível. A vassalagem amorosa metaforiza a relação que definia os vínculos
hierárquicos feudal.
Música de Palavras:
A característica
estrutural da poesia trovadoresca é a fusão da palavra com a música. Os poemas
eram escritos para o canto.
Trovadorismo Galego Português:
Vigorou
em Portugal no século XII ao XIV no período do reinado da Dinastia de Borgonha
(1ª Dinastia)
Portugal
separou-se de Castela em 1128 após a guerra que D. Afonso Henrique enfrentou e
venceu sua mãe, Dona Tareja, representante de Castela. Tornou0se D. Afonso I e
Portugal foi reconhecido reino independente em 1179.
Portugal
distinguiu-se dos outros países por apresentar um rei com poder político forte
e pelo desenvolvimento da burguesia e do comércio, mas Portugal, como os outros
países da Europa era marcado pelo teocentrismo e pela cavalaria, contudo, o
jovem reino desenvolveu formas originais de cultura especialmente poesia.
As
produções dos trovadores lusitanos estão reunidas em Cancioneiros como:
- da Ajuda
-da Vaticana
- da Biblioteca Nacional
- e o Cancioneiro de Santa Maria: com
400 composições de D Afonso X, chamado “O Sábio”, esse cancioneiro também
possui narrativas sacras referentes à Virgem Maria), os outros cancioneiros são
composições profanas, do gênero lírico ou satírico atribuídos a trovadores e
jograis do século XIII e XIV.
O
trovadorismo lusitano expressou-se em galego- português (língua da cultura da
Península Ibérica)
Trovadores e Jograis:
Os
poetas galego - portugueses dividem-se em trovadores
e jograis. A diferença entre eles é mais social que artística. Os trovadores
pertencem à nobreza, eram autores das composições, mas o trovador que cantasse
era mal visto.
Os
jograis pertenciam às camadas mais populares e executavam o serviço de canto (trova).
Os bons jograis podiam compor e serem promovidos a trovador, mas era muito raro
dado o fator do preconceito.
Dentre
os trovadores galego-portugueses destaca-se D. Dinis (1261-1325) sexto rei de
Portugal, neto de D. Afonso X. Fundador da Universidade de Lisboa (que depois
passou a Coimbra) estimulou a agricultura, o comércio e as artes. Chamado “Rei Trovador” é autor de 138 canções
que estão nos cancioneiros. A sensibilidade superior e o virtuosismo poético
fazem de D. Dinis um dos maiores poetas
de toda literatura portuguesa.
Gêneros e Formas:
Os
trovadores e jograis galego – portugueses deixaram composições do gênero lírico
e satírico. Essas composições chamadas cantigas destinavam-se ao canto e à
dança com acompanhamento instrumental (infelizmente as partituras perderam-se
quase todas, somente as de Martin Codax foram preservadas).No Gênero Lírico temos:Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo.
Gênero Satírico,
temos: Cantigas de Escárnio e Cantigas
de Maldizer
Cantigas de Amor:
Origem
Provençal (canção Provençal) forma típica de expressão do amor cortês
(Octânica, coisas da Provença)
É
gênero aristocrático de poesia feita para nobreza palaciana das cortes feudais.
O mote central da cantiga de amor é a coita,
expressa no contexto do amor cortês, o amor cortês implica vassalagem e
platonismo, a coita é o sofrimento
que decorre da impossibilidade de realização amorosa. O trovador coitado espera poder declarar-se a
chamada a “senhor” e ser digno de um
olhar, de uma palavra dela. O desejo erótico é sublimado, é camuflado em
metáforas sutis. Ex: quando o poeta espera que a mulher possa “fazer bem” é que
ela corresponda ao seu amor.
Cantigas de Amigo:
Das
mais belas contribuições do lirismo galego –português. São canções Ibéricas com
origem na cultura popular rural. As cantigas de amigo derivam de cantigas
folclóricas em que sobrevivem ritos do paganismo, especialmente ligados à
fertilidade. A natureza, sempre referida nessas composições manifestam-se na forma
de metáforas eróticas.
Embora
os autores sejam homens o eu lírico das cantigas de amigo são mulheres. Quem
fala é uma mulher do povo, em ambiente doméstico, campesino ou litorâneo. O centro temático é o amor da
mulher pelo amigo(significa amante ou namorado)
Aqui a
emoção é mais livre que nas cantigas de amor de forma que a sensualidade e o
erotismo são mais evidentes.
As
cantigas de amigo podem ser:
- de
romaria, quando mencionam perigrinações
a santuários
-Marinhas
e barcarolas , quando trazem temas marinhos ou fluviais
-Pastorelas
quando desenvolvem temas bucólicos, em meio pastoril
-Albas
quando a temática é o amanhecer,
-Serranilhas
quando o tema refere-se à paisagens ou montanhas,
-Plang,
cantiga de lamentação pela morte ou ausência do amigo.
Assim
como as cantigas de amor, as de amigo também são compostas para canto e dança. Há
presença de paralelismo e refrão.
Gênero Satírico: O
gênero satírico divide-se em Cantigas de Escárnio e de Maldizer, e refletem a
vida boêmia da época fazendo contraponto entre
o ideal sublime das cantigas de amor e a sensualidade das cantigas de
amigo.
Na
sátira temos o mundo da malandragem, dos mexericos do qual todos participam,
nobres, plebeus, cleros, mundanos,abadessas, senhoras, camponeses, jograis,
todos humanizados com exposição de seus atos ridículos e degradados,
desmascarados com apurado humor e cinismo.
Cantigas de Escárnio:
Sátira
indireta, objeto é fazer crítica aos costumes, comportamentos e valores. A
crítica é velada, não se identifica com a pessoa visada, isso é feito por
subentendido.
Presença
de ironia e ambiguidade para obtenção do efeito humorístico.
Cantigas de Maldizer:
A
crítica é aberta com a identificação do nome da pessoa alvo de seus ataques, os
temas são escabrosos e vazados em linguagem chula.
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